Não é preciso desenvolver muito a ideia do título, de tão evidente. A “argumentação” é uma técnica discursiva orientada para o debate de ideias abstratas. Um argumento pode incluir fatos para reforçar o seu ponto-de-vista, mas os fatos em si não são o seu verdadeiro foco.
Mas, o que é um “Fato”? É qualquer coisa cuja existência pode ser comprovada, sem margem para dúvida. É um conhecimento cuja verdade é tão evidente que dispensa demonstração, argumentação.
Por exemplo, qualquer fenômeno natural é um “fato”. Nenhuma pessoa em plena posse de suas faculdades mentais argumentará contra a chuva, o sol, a neve, as enchentes, as fases da lua, os ventos, as marés…
No entanto, ainda há muita gente por aí que acredita no direito de “ter opinião” sobre fatos inconstestáveis. Por exemplo, veja a imagem abaixo:
Como se pode ver, o jornal O Globo acha que “Google” é uma palavra feminina, logo, escrevem corriqueiramente “a Google”.
De fato, alguns jornalistas de O Globo já se acharam no direito de “debater” comigo no Facebook a correção de usar a palavra “Google” no feminino.
Qual é o meu argumento? Ora, não tenho argumento. Tenho um fato! Observe a imagem abaixo:
A imagem acima é uma captura de tela da página institucional intitulada “Sobre o Google”. Sublinhadas em vermelho, todas as ocorrências da palavra “Google” no masculino.
A própria empresa define o seu nome como masculino, em Língua Portuguesa, e enfatiza essa escolha incluindo nada menos do que 8 ocorrências da palavra acompanhada de artigo definido masculino.
E ainda tem gente que quer “argumentar”. Só chamando o hospício!