Se a Gramática não ensina a escrever, como aprender?

Os compêndios de Gramática, inclusive os melhores, não passam de grandes catálogos em que se classificam os eventos do idioma tal como surgem no texto de grandes autores.

Não é preciso pensar muito para concluir que uma classificação é apenas uma tentativa de ordenação racional das coisas do mundo. Uma classificação não indica causas, razões ou motivos: limita-se a pôr em ordem as coisas cujas causas, razões ou motivos serão investigados posteriormente.

Ora, qual é a causa de um texto? É, sem dúvida, a intenção de dizer alguma coisa a um leitor. As “gramáticas” simplesmente não abordam esse tema, não se impõem a tarefa de explicar ao estudante quando ele deve optar por uma ou outra forma de escrita em função de sua intenção de dizer.

O grande problema de grande parte dos cursos de Redação da atualidade é o que o próprio professor não conhece esses critérios. Na verdade, a maioria nunca sequer pensou nesses termos. Eles partem da esperança de que a simples correção de incontáveis “redações” ao longo de anos a fio ensinará o estudante a escrever bem pelo simples método de tentativa e erro. Se pelos frutos conhecemos a árvore, a horrenda decadência dos textos produzidos no Brasil é testemunho bastante da falta de fundamento racional dessa esperança!

O ponto-chave é que muitos professores de Redação falham em entender que a Gramática não é uma camisa de força: há muitas maneiras gramaticalmente corretas de dizer as mesmas coisas. Mas qual delas é a melhor? Por que esta forma, e não aquela, seria capaz de dizer melhor o que desejo comunicar àquele leitor específico que tenho em mente?

Essas são questões a que as gramáticas não respondem, mas que correspondem à angústia fundamental de todo escritor, seja um autor consagrado com os dedos erguidos no ar à espera da primeira palavra de sua nova obra-prima, seja um estudante suando frio diante da folha de prova em branco.

Ensinar a escrever é ensinar a escolher. O professor de Redação deve ensinar aos estudantes critérios de seleção de formas gramaticalmente corretas de escrever, ao estilo “quando quiser dizer A, escreva da forma A1 ou A2; por outro lado, quando a intenção for dizer B, escreva da forma B1 ou B2”.

É evidentemente impraticável um elenco exaustivo das possíveis intenções de dizer de cada uma das pessoas do mundo. Mas a experiência demonstra que é, sim, perfeitamente possível ensinar critérios gerais que, servindo de bússola ao estudante, orientam sua percepção para torná-lo cada vez mais consciente de suas decisões linguísticas. O estudante deixa de preocupar-se com “regras” sem significado para a tarefa que tem diante de si, ocupando sua inteligência exclusivamente com o desafio de encontrar a melhor forma de dizer o que quer ao leitor que tem em mente.

Esta é, em síntese, a proposta deste Curso Online de Redação:

(1) Ensinar ao estudante mais de uma centena de critérios para escolha de formas gramaticalmente corretas de escrever;

(2) Praticá-los e experimentá-los em exercícios práticos;

(3) Julgá-los em função de sua eficácia na expressão da intencionalidade do escritor.

Após completar este curso online de redação, o estudante estará plenamente capacitado a decidir por si mesmo, com total independência, como escrever o que deseja dizer ao seu leitor.

Para o estudante que segue disciplinadamente as instruções e as segue até o final, este é o último “Curso de Redação” que precisam fazer na vida. Quando os ex-alunos do curso decidem continuar estudando, é porque têm em mente o desenvolvimento de formas textuais especializadas, como o texto literário ou publicitário, plenamente conscientes de que seria impossível aprendê-las sem dominar os critérios gerais para a produção de textos, isto é, as formas de dizer o que desejam ao seu leitor ideal.

Para começar agora mesmo a conquistar sua independência intelectual na produção de textos comunicativos e eficazes em Língua Portuguesa, faça já sua matrícula!

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