Temas avançados em teoria da decisão

A conclusão do último artigo que publiquei neste neste blog, intitulado “Aprender a escrever? O que eu ganho com isso?” praticamente implorava por uma continuação. Afinal, o que devo fazer caso a melhor opção não salte aos meus olhos após preencher a matriz de decisão? Trata-se de uma dúvida justa e inevitável do leitor que tenha acompanhado atentamente a argumentação desse artigo..

Assim, tomei a iniciativa de redigir uma resposta completa a essa pergunta, sob a forma de uma pequena série de artigos. O primeiro foi publicado ontem, sob o título ” O processo decisório e o preço da mudança de opinião (PMO)“.

A decisão de publicar essa continuação no site da empresa em que trabalho foi devida à característica eminentemente gerencial que fui obrigado a assumir no texto desse artigo. Na prática, é impossível abordar situações de decisão mais complexas sem recorrer a certos conceitos avançados em teoria da decisão, além do inevitável recurso a certos elementos de jargão típicos da Administração, Economia, Estatística, Psicologia, Sociologia, entre outros.

Neste blog, pretendo publicar apenas temas relativos à redação e à sua decisão de aprimorá-la. Portanto, decidi publicar o novo artigo sobre teoria da decisão no blog da empresa, pois é lá que normalmente reúno meus artigos sobre temas gerenciais.

Por outro lado, não poderia deixar de avisar ao leitor eventualmente interessado em um maior aprofundamento no tema do último artigo sobre a disponibilidade de uma continuação, ainda que em outro website. Afinal, entre os leitores deste blog certamente podemos encontrar alguns executivos, empresários ou outros profissionais interessados no funcionamento dos processos decisórios.

Lembro que o artigo sobre o Preço da Mudança de Opinião (PMO) é apenas o primeiro, estando previsto pelo menos mais um artigo, em que tratarei dos cálculos dos valores de cada alternativa e outros temas avançados como, por exemplo, a conveniência de tomar a decisão imediatamente ou adiá-la por um prazo determinado.

Enfim, espero que você goste de ler esse novo artigo e, caso tenha algum comentário a fazer, fique à vontade para entrar em contato e expor os seus pensamentos.

Aprender a escrever? O que eu ganho com isso?

Uma dúvida honesta que pede uma resposta honesta

A pergunta do título é perfeitamente válida, especialmente se você estiver em dúvida entre investir neste curso ou em outro que tenha, ao menos aparentemente, maior utilidade imediata em sua vida escolar, acadêmica ou profissional.

Escrever é uma habilidade que nós, brasileiros, vamos “empurrando com a barriga”, deixando para mais tarde, até o momento em que precisamos dela com a máxima urgência. Surge um concurso público, uma prova discursiva, o chefe nos pede um relatório, a faculdade pede um trabalho escrito com 30 páginas… Um autêntico pesadelo, principalmente porque é IMPOSSÍVEL aprender a redigir em um mês, que dirá em uma semana ou em prazos ainda menores.

Não, não existem “macetes” ou “truques” para aprender a escrever bem em uma semana. Existem, sim, métodos e exercícios que, praticados com frequência e disciplina suficientes, farão você escrever cada vez melhor a cada mês.

Observe: provavelmente, eu venderia mais se dissesse que tenho o segredo, o truque mágico, a varinha de condão, a pedra filosofal que vai transformar você em um Machado de Assis em uma semana, sem esforço nem estudo, apenas tomando pílulas de ervas naturais antes de dormir…

Só que isso não seria HONESTO!

Um modelo para tomar a melhor decisão para você

Por isso, com toda a honestidade do mundo, vou ensinar a você um pequeno truque que aprendi durante minhas pesquisas para o mestrado em Administração de Empresas. Trata-se de uma adaptação de um modelo teórico rigoroso, empregado por executivos em situações em que eles precisam tomar decisões mais importantes do que a média.

O modelo que você vai aprender a seguir pode ser usado em todas as situações de sua vida, seja no aspecto profissional, acadêmico ou pessoal, em que você precise tomar uma decisão importante. Esse modelo é especialmente útil naquelas decisões em que o prejuízo de uma decisão errada é grande demais para aceitar, sendo absolutamente indispensável escolher conscientemente a melhor opção.

Identifique as opções

O primeiro passo do modelo é definir quais são as suas opções. Por exemplo, você pode estar em dúvida entre fazer ou não o investimento necessário neste curso de redação online. Neste caso, as opções serão “Sim” e “Não”. Caso você esteja em dúvida entre investir neste curso de redação ou em um curso de matemática financeira, as opções serão “Redação” e “Matemática”. Tudo depende da situação: o modelo é flexível o suficiente para comportar qualquer número de opções, sejam elas quais forem.

Responda às perguntas-chaves com fatos

O próximo passo é responder com fatos a algumas perguntas-chaves. Não se apresse em respondê-las: faça uma lista, reúna fatos, pense! É importante ter o máximo de sinceridade nas respostas às questões abaixo!

  • O que eu ganho não sabendo escrever? Pergunte a si mesmo o que você ganha ao viver até hoje sem dominar completamente a técnica da redação em Língua Portuguesa.
  • O que eu deixo de ganhar por não saber escrever? Nesta pergunta, reúna as oportunidades que você não pode aproveitar, as coisas boas que você tem de abrir mão porque se sente inseguro com a qualidade de seu texto.
  • O que eu perco por não saber escrever? Relacione aqui os prejuízos diretos, as coisas ruins que acontecem por não ter confiança em sua técnica de redação
  • O que eu ganharei se aprender a escrever? Faça uma lista das coisas que você poderá realizar quando tiver o benefício de uma boa técnica de redação.
  • O que eu deixarei de ganhar enquanto estiver aprendendo a escrever? Você só poderá deixar de ganhar alguma coisa durante o tempo que o curso durar. Talvez você precise abrir mão de, digamos, 45 minutos de seu tempo livre 2 vezes por semana para estudar as lições, fazer os exercícios e aprender com as correções do professor.
  • O que eu perderei se aprender a escrever? Defina aqui quais são as coisas que você perderá ao aprender a escrever bem. Caso não lhe ocorra nada, escreva nesta seção, em grandes letras maiúsculas, a palavra NADA.

Veja na figura abaixo um gráfico que você pode usar como orientação para incluir suas próprias respostas. Caso deseje imprimi-lo, basta clicar na imagem para fazer o download do documento em formato PDF.

Matriz de decisão: um modelo para ajudar você a tomar decisões difíceis - Clique para fazer download em formato PDF.

Matriz de decisão: um modelo para ajudar você a tomar decisões difíceis – Clique para fazer download em formato PDF.

Ao preencher os campos da matriz de decisão, você terá um mapa completo com todos os seus receios e todas as suas esperanças, com todos prós e todos os contras. Na maior parte das vezes, bastará uma olhada nessa matriz para que salte aos olhos qual é a melhor opção a seguir.

Caso você conclua que a melhor opção é investir no aprimoramento de sua técnica de redação, estarei aqui aguardando sua matrícula!

Uma biblioteca na palma de uma das mãos

No último dia dos namorados, ganhei de minha esposa um Amazon Kindle, leitor de livros eletrônicos extremamente leve, compacto e confortável. Somente ontem à noite tive tempo para explorar os seus recursos e, efetivamente, me dedicar a ler um livro usando o aparelho.

Amazon Kindle: incrivelmente, é tudo verdade!

Amazon Kindle: incrivelmente, é tudo verdade!

Ainda estou fascinado. O Kindle é realmente tudo o que diz a propaganda no site da Amazon, uma espécie de tablet otimizado para leitura. Para começar, a tela tem realmente aparência de papel, com tratamento anti-reflexo. Ao contrário de um tablet, você precisa de luz ambiente para ler. Para quem vai ler um livro, isso não é uma desvantagem, já que a luz emitida por monitores e telas provocam cansaço visual após a exposição prolongada, o que não acontece no Kindle.

Amazon Kindle: mais fino do que um lápis.

Amazon Kindle: levíssimo, mais fino do que um lápis.

O produto é muito fácil de configurar e personalizar. Entre os recursos que mais me encantaram, cito os dicionários de inglês e português, que exibem definições automáticas conforme você move o cursor pelo texto. O navegador web também é muito prático e configurável, permitindo que o leitor faça consultas para se aprofundar no conteúdo dos textos. Recomendo apenas que você desabilite o javascript do navegador, para evitar ameaças de sites maliciosos e reduzir o aborrecimento provocado pelos anúncios publicitários mais invasivos.

Eu optei pelo modelo mais barato, sem tela de toque, porque, na minha experiência, a tela de toque atrapalha mais do que ajuda a leitura. Quando lia livros no tablets, os esbarrões acidentais na tela com mudança involuntária de páginas eram um problema constante para mim. Entretanto, se você é do tipo que não consegue viver sem uma tela sensível, a Amazon oferece opções do Kindle com esse recurso.

Professor Alexei Oliveira, feliz com seu Kindle!

Professor Alexei Oliveira, feliz com seu Kindle!

Entenda: o Kindle não é um concorrente do seu smartphone ou tablet, que você também usa para jogar Angry Birds (adoro!): o Kindle foi concebido como um livro eletrônico, que você pode ler a qualquer hora, em qualquer lugar, sem o inconveniente de carregar um pesado volume impresso em papel. Se você contar que nos 200 gramas de um Kindle cabem cerca de 1000 livros, a vantagem do aparelho sobre os livros de papel se torna avassaladora.

Enfim, o Kindle é uma biblioteca particular que cabe na palma de uma de suas mãos. Decididamente, por mais que eu tenha um vínculo afetivo com minha pesada coleção de livros de papel, é certo que, daqui para frente, investirei mais em livros eletrônicos do que em livros “físicos”.

Mais uma vez, se você decidir comprar o seu clicando nos links e imagens desta página, você estará colaborando com este projeto educacional, já que uma parte do preço que você pagar pelo aparelho será revertida em créditos para compra de livros na própria Amazon.com.

Ler e escrever, cara e coroa

Na última quinta-feira, abri o site do jornal “O Globo” apenas para trombar com a seguinte frase:

“No levantamento de novembro de 2013, a petista tinha uma avaliação positiva do seu governo de 43%”.

A petisTA TINHA, redação d’O Globo???

Decidi fazer uma pesquisa no Google para verificar outras ocorrências dessa expressão exata: “petista tinha”. Veja o resultado:

Pesquisa Google para a expressão "petista tinha" encontra 102 ocorrências.

Pesquisa Google para a expressão “petista tinha” encontra 102 ocorrências.

É. Não foi acidente.

Já faz algum tempo que a leitura dos jornais não pode mais ser considerada a melhor indicação para quem deseja aprender a escrever. A situação só tem piorado, especialmente nas versões online.

O importante não é teorizar sobre as supostas causas da dramática queda de qualidade dos textos publicados nos veículos noticiosos, mas descobrir que providências podemos tomar.

Precisamos entender que, em grande parte, é por imitação inconsciente que aprendemos a escrever. Basta ler um mesmo autor por alguns dias para que nossos textos comecem a reproduzir inadvertidamente o ritmo das frases, a escolha de palavras, as figuras de linguagem…

E também os erros de gramática, as deficiências de estilo e os tropeços de sonoridade!

Assume, portanto, importância vital a seleção cuidadosa do tipo leitura a que você vai se expor durante o período em que estiver aprimorando sua redação.

Nesse caso específico, temos de concordar com os que defendem o bordão: a qualidade é mais importante do que a quantidade.

Sugestão? Leia livros. Dez páginas por dia. Romances, contos, novelas, biografias, narrativas de fatos históricos.

Não é uma boa ideia começar com livros traduzidos, já que a tradução é uma versão de um texto produzido em idioma estrangeiro, seguindo os princípios da boa comunicação no idioma estrangeiro e as regras de estilo do idioma estrangeiro. Por melhor que seja o tradutor, na melhor das hipóteses você sempre estará lendo um “texto em idioma estrangeiro, embora escrito com palavras portuguesas”!

Fuja de livros de negócios. Evite também obras escritas por “celebridades” que não sejam profissionais da escrita.

Procure obras de brasileiros e portugueses que atuem como escritores, jornalistas, professores e cientistas.

Profissionais da escrita, ok?

Para que ninguém diga que chegou a este artigo e saiu sem pelo menos uma indicação de leitura, vou recomendar as obras daquele que considero um dos melhores escritores brasileiros de ficção da atualidade: Eduardo Spohr. Um autor jovem, mas muito hábil no manejo das palavras, ele vem publicando narrativas de fantasia no estilo J. R. R. Tolkien e George R. R. Martin. Recomendo 3 títulos:

A batalha do Apocalipse

Anjos da Morte

Filhos do Éden

São obras divertidas, de leitura rápida e agradável, com muita informação e texto que você pode imitar à vontade, sem medo de escrever “TATINHA”!

Vale observar que, se você decidir comprar as obras acima clicando nos links que publiquei nesta página, você estará colaborando para a continuidade deste projeto, já que uma parte do valor pago reverterá para nós sob a forma de bônus para compra de livros na própria Amazon.com.

Afinal, um professor de redação precisa ler pelo menos tanto quanto os alunos!

Vocabulário: quantidade e qualidade, extensão e profundidade

É praticamente infalível: uma discussão sobre qualquer tema que  envolva “quantidade” será encerrada com uma das partes sentenciando, convicta da justeza de seu temperante julgamento: “o importante não é a quantidade, mas a qualidade”!

Ledo engano, diria o bardo!

Se você não conhece qualquer das palavras destacadas nas linhas acima, não se preocupe: basta clicar nos links e uma nova aba se abrirá em seu navegador. Nela, você poderá ler a definição da palavra desconhecida em um excelente dicionário online.

A verdade é que, se você tem acesso à internet, não está mais escusado por manter um vocabulário pobre! Grassam versões online de dicionários tradicionais como o Aulete e Houaiss, além de dicionários desenvolvidos especialmente para a internet, como o Wikcionário.

Se você quer aprender a escrever bem, seu primeiro passo é fazer amizade com o dicionário. Como disse o poeta Pablo Neruda na abertura de seu poema “Ode ao Dicionário”, reproduzido nas páginas introdutórias ao tradicional “Dicionário Aurélio”:

Original Nossa tradução
Diccionario, no eres
tumba, sepulcro, féretro,
túmulo, mausoleo,
sino preservación,
fuego escondido,
plantación de rubíes,
perpetuidad viviente
de la esencia,
granero del idioma.
Dicionário, não és
tumba, sepulcro, féretro,
túmulo, mausoléu,
mas preservação,
fogo escondido,
plantação de rubis,
perpetuidade vivente
da essência,
celeiro do idioma.

Opa! Não entendeu algumas das palavras do poema? Tranquilize-se! Os dicionários online gratuitos estão aí para isso mesmo!

A verdade é que, pelo menos no que concerne ao vocabulário, a “qualidade” e a “quantidade” estão intrinsecamente relacionadas. O “tamanho” ou “extensão” do seu vocabulário — isto é, o número de palavras cujo significado você conhece — decide o quanto os seus textos oferecerão ao leitor uma experiência rica e surpreendente… Ou monótona e repetitiva.

Em termos simples: se você conhece apenas cerca de 1200 palavras e precisa escrever um texto com 2000, não lhe restará opção além de repetir obsessivamente as mesmas palavras para expressar as ideias mais diversas.

Não se iluda: a qualidade de um texto também é consequência direta da extensão do seu vocabulário!

Além da extensão, podemos dizer que o vocabulário também apresenta outra dimensão de qualidade: a profundidade. A noção de “profundidade” do vocabulário expressa o quanto você está familiarizado com os diferentes significados de cada palavra que você conhece.

Uma pessoa que tem o vocabulário “profundo” é capaz de escolher com máxima precisão a palavra certa para cada ideia. Essas pessoas não se iludem com a facilidade aparente de escolher uma palavra, elas mergulham no significado, exploram os diferentes sentidos, recorrem à etimologia — o estudo da origem das palavras — pesquisam exemplos de uso por bons escritores, exploram enciclopédias e dicionários especializados, até adquirir a certeza de que realmente sabem com exatidão que ideias podem ou não ser expressas usando cada palavra do seu vocabulário.

É evidente que a aquisição de um vocabulário extenso e profundo é tarefa a ser cumprida diariamente ao longo de anos. Se você ainda não chegou lá, precisa começar agora a sua caminhada.

No primeiro mês do curso online de redação, vamos ensinar a você diversas técnicas para ampliar dramaticamente a extensão e a profundidade de seu vocabulário no prazo mais curto possível.

Se você seguir nossas instruções à risca, com disciplina e um desejo ardente de aprender, você poderá ampliar o seu vocabulário em pelo menos 900 palavras durante os próximos 6 meses.

Nós orientaremos você passo a passo nessa caminhada, durante toda a duração do curso, provendo o incentivo e a orientação de que você necessita para obter o sucesso no seu objetivo de escrever bons textos em Língua Portuguesa.

Basta fazer agora a sua matrícula para começar imediatamente a ampliar a extensão e a profundidade de seu vocabulário. Vamos em frente!

Indicação de livro para aprender Gramática

Um curso de redação, não de Gramática

Embora tenhamos, nos primeiros artigos deste blog, abordado questões relativas à Gramática, é importante lembrar que este é um curso de redação, não um curso tradicional de Língua Portuguesa! Nosso objetivo é ensinar aos alunos como escolher palavras, redigir frases, organizar parágrafos, planejar e estruturar redações, documentos, artigos, manuais, trabalhos escolares e acadêmicos, entre muitas outras aplicações do texto dissertativo-argumentativo.

Benefícios indiretos ao aprendizado da Gramática

Por outro lado, este curso oferece uma excelente oportunidade para aprimorar seus conhecimentos sobre Gramática! Como todos os textos são corrigidos individualmente, incluindo comentários personalizados para cada resposta de nossos estudantes, é óbvio que nós aproveitamos para corrigir os seus erros de Gramática!

A experiência demonstra que a correção sistemática dos erros de Gramática levam o estudante a não mais cometê-los. Após vários meses escrevendo e sendo corrigido, é simplesmente inevitável que você reduza a quase zero a ocorrência de erros de Gramática em seus textos.

Em síntese: você pode até não saber qual é a “explicação teórica” para o erro, mas certamente não irá mais cometê-lo após vê-lo corrigido!

Um livro para aprender de vez a bendita “explicação teórica”

É claro que é sempre melhor saber o que você está fazendo, isto é, conhecer a bendita “explicação teórica”. Por isso, é recomendável ter em casa pelo menos um bom livro de referência sobre Gramática, para consultas e estudos.

Entre as diversas opções disponíveis no mercado, recomendamos a “Novíssima Gramática Ilustrada Sacconi“, Capa da Novíssima Gramática Ilustrada Sacconipor conter explicações simples, facilmente inteligíveis pelo estudante brasileiro médio, além de grande número de exercícios de fixação e exemplos práticos.

O visual das páginas é moderno e divertido, ricamente ilustrado, o que facilita imensamente o aprendizado. O uso inteligente das cores e o soberbo trabalho de diagramação e programação visual também simplificam o trabalho de localizar rapidamente o que você deseja, uma qualidade fundamental em qualquer obra de consulta e referência.

Enfim, este livro é a prova definitiva de que o aprendizado da Gramática não precisa ser “chato”!

Ainda sobre Gramática: os erros mais comuns e como evitá-los

No artigo “A verdadeira função da Gramática para o escritor“, defendemos a ideia de que o escritor deve conhecer a Gramática para facilitar a produção de textos compreensíveis pelos leitores a quem deseja se dirigir. Porém, precisamos reconhecer que não é exatamente indispensável tornar-se um especialista em Gramática, conhecedor de todos os seus meandros e minudências, para aprender a escrever bons textos em Língua Portuguesa.

Vale lembrar que, quando escrevemos a expressão “bons textos”, não estamos tratando de textos literários aspirantes ao Prêmio Nobel, mas de textos dissertativos que sejam, ao mesmo tempo, comunicativos, agradáveis de ler e… Gramaticalmente corretos.

Em meus anos de experiência com correção e revisão de centenas de textos, observei que há três tipos de erros de Gramática muito comuns e que são, ao mesmo tempo, facílimos de evitar.

Ortografia: um lugar para cada letra, cada letra em seu lugar!

Ninguém jamais dirá com sinceridade que a ortografia da Língua Portuguesa é simples, prática ou intuitiva. Entretanto, não se trata de um “bicho de sete cabeças” impossível de enfrentar e aprender.

A forma mais prática de aprender ortografia envolve 3 providências:

  1. Leia diariamente textos de editores com boa reputação. Sim, é verdade, existem alguns editores por aí que não ligam para a qualidade dos textos que publicam. Mas incidência de erros de ortografia em textos de origem confiável tende a ser menor do que 1:1000. Quanto mais você se expuser a textos redigidos segundo os princípios da ortografia, mais rapidamente você absorverá a forma correta das palavras.
  2. Use o corretor ortográfico quando escrever, mas não confie nele. Com a tecnologia de correção ortográfica dos modernos editores de texto, não há mais motivo para cometer erros grosseiros, como trocar o “g” pelo “j” ou o “s” por “ç”. Entretanto, cuidado! Os corretores ortográficos, muitas vezes, contêm erros de ortografia registrados como se fossem a forma correta! Mais: algumas vezes, o corretor ortográfico não reconhece uma forma correta e sugere outra, com significado totalmente diferente!
  3. Consulte dicionários. O melhor amigo do escritor sempre foi, e sempre será, o dicionário. Seja em versão online, digital ou impressa, você não pode prescindir de consultar o dicionário sempre que você tiver qualquer dúvida sobre a grafia correta de uma palavra. De preferência, tenha mais de um dicionário à sua disposição para comparar as diferentes definições e explicações quando a dúvida for mais séria.

Concordância e regência: mude um, mude tudo!

É claro que você sabe que “uma pessoa escreve” e que “duas pessoas escrevem”. A dificuldade começa quando é preciso saber se “A maioria das pessoas escreve” ou “A maioria das pessoas escrevem“!

Você também sabe que é correto escrever “Eu gosto de sorvete” em vez de “Eu gosto sorvete”. Mas não é tão óbvio assim decidir se devemos escrever “Este é o sorvete que gosto” ou “Este é o sorvete de que gosto”!

Em casos como esses, a polêmica esquenta, as discussões se multiplicam, a dúvida permanece.

Na minha experiência, o melhor a fazer, nesses casos é seguir a opção mais conservadora. O que diz a Gramática sobre a melhor opção segundo a “norma culta”? Escolha essa e ninguém dirá que você está errado!

A melhor maneira de aprender concordância e regência é exercitando-se. Adquira um bom livro didático de Gramática e faça todos os exercícios que puder.

A propósito, as apostilas de cursinhos para concursos públicos costumam ser ótimas fontes de exercícios sobre todos os temas em Língua Portuguesa. Examine as diferentes opções disponíveis no mercado e escolha a que tiver a maior quantidade de exercícios. Mas não confie inteiramente no “gabarito” dessas apostilas porque, muitas vezes, eles contêm erros nas respostas!

Pontuação – a Música também é feita de silêncio!

Os sinais de pontuação não são apenas “pausas para respirar”. Também são sinais lógicos que separam as partes da frase em unidades distintas. Os erros mais comuns de pontuação são os cometidos por pessoas que ignoram essa realidade e saem escrevendo sem pensar, incluindo sinais de pontuação indiscriminadamente ou, ao contrário, redigindo sem incluir uma única pausa no texto.

Mais uma vez, para bem usar a pontuação, a solução é ler bons textos de fontes confiáveis. Mas, desta vez, ler em voz alta, fazendo as pausas sonoras e lógicas exigidas por cada sinal de pontuação. Ao longo do tempo, você se tornará mais consciente da necessidade de incluir pausas para facilitar o entendimento de seus textos.

Também vale lembrar: em caso de dúvida, seja conservador e siga a regra gramatical para uso da pontuação. Desta forma, seu texto nunca estará flagrantemente errado e você poderá deixar para discutir o mérito de sua escolha após um estudo mais aprofundado das diferentes opções de pontuação.

A verdadeira função da Gramática para o escritor

Um bom escritor precisa saber Gramática? Sem dúvida, a resposta curta é sim. A resposta completa mostrará que o escritor realmente necessita da Gramática em seu dia a dia, mas não exatamente como ensinaram a você.

O que é a Gramática?

A Gramática é um conjunto de regras que serve para uniformizar os textos redigidos em um idioma. O fato de que todos os textos são escritos segundo as mesmas regras simplifica a vida de todos, especialmente a dos leitores, já que ninguém precisa adivinhar o que cada escritor quis dizer em cada um de seus textos.

Quando o leitor não precisa se preocupar com a forma, ele pode concentrar a atenção no conteúdo.

É inevitável concluir que o escritor precisa conhecer as regras da Gramática para que a forma do seu texto não desvie a atenção do leitor, prejudicando a absorção do conteúdo.

Para que a Gramática não serve

O grande problema do ensino da Gramática é tratá-la como uma finalidade quando, da explicação acima, podemos facilmente concluir que a Gramática é um meio para atingir o objetivo de transmitir uma mensagem ao leitor.

O que o escritor deseja, antes de tudo, é ser entendido pelo leitor, é levar o leitor a pensar ou imaginar alguma coisa. Para realizar esse desejo, ele precisa conhecer as regras da Gramática.

Mas você jamais irá flagrar um escritor em pleno ato de criação de um texto dizendo algo no estilo “Vou iniciar esta frase com uma sequência de orações coordenadas sindéticas adversativas e, em seguida, arremato com uma bela oração subordinada adverbial concessiva”.

Não, definitivamente, não é assim que se escreve!

Mas é assim que se ensina a Gramática.

A diferença entre analisar e criar

Não sei dizer se existe alguma outra maneira de ensinar a Gramática que não envolva a análise de frases e parágrafos criados por outras pessoas. De qualquer forma, essa é maneira com que se ensina Gramática, hoje e sempre: analisando, rotulando, classificando, esmiuçando.

O ato de escrever, por outro lado, é um ato de criação. A sua motivação inicial é a vontade de dizer alguma coisa a alguém.

A Gramática permite apenas que você analise o que já foi dito. Mas não fornece nenhuma pista sobre como você deveria dizer o que você quer, sobre como dizer algo que ainda não foi dito!

A Gramática é mais útil para o escritor no momento da revisão, isto é, no momento de localizar e corrigir os erros. No momento da criação, a Gramática serve apenas como um parâmetro de correção a ser seguido.

Aprender é experimentar

Para criar um bom texto, o escritor precisa de algo mais do que a análise de frases prontas. Ele precisa experimentar diferentes formas gramaticalmente corretas de escrever o que deseja, observando o efeito de cada uma dessas formas. Ao longo do tempo, o acúmulo de experiências leva ao crescimento do repertório do escritor, isto é, do conjunto de formas inteligentes, criativas, sedutoras, emocionantes, persuasivas, impactantes e gramaticalmente corretas de dizer o que deseja.

O problema da falta de palavras desaparece para sempre!

É claro que as experiências com as formas de escrever terão maior probabilidade de sucesso caso sejam dirigidas por um método lógico, que identifique os componentes mais simples do problema e permita o avanço contínuo, em passos realisticamente dimensionados com dificuldade progressiva.

Neste curso de redação online, oferecemos ao aluno um conjunto de 120 experiências envolvendo formas de dizer o que se deseja em Língua Portuguesa.

Na contramão da simplificação preguiçosa e da complicação inútil

Este curso caminha no sentido oposto das propostas didáticas que não passam de uma mera compilação de frases feitas. Também estamos na contramão dos cursos que se baseiam em complicadíssimas análises repletas de jargão incompreensível que jamais ensinaram qualquer pessoa a escrever sequer um bilhete.

Neste curso, o aluno aprenderá critérios para avaliar a qualidade das próprias frases, parágrafos e textos completos, experimentando variações e avaliando o impacto final de cada uma dessas formas sobre a pessoa mais importante do mundo: o leitor!

Neste curso, você aprenderá a escrever experimentando formas diferentes de escrever, adquirindo critérios para escolher a forma ideal de escrever o que você deseja.

Saber escolher a forma de escrever é a própria definição de saber escrever.

É por isso que podemos afirmar que, ao final deste curso, caso você siga todas as as nossas instruções à risca, você certamente saberá escrever. Para mais informações, clique aqui!

Grande abraço,

Prof. Alexei Oliveira

Por que tantos brasileiros não sabem como redigir bons textos?

A simples – e dolorosa – resposta à pergunta do título é: porque ninguém ensina!

É claro que essa simplicidade aparente pode ser enganosa, se desprezarmos os diversos fatores que fundamentam a explicação. Durante nossa investigação sobre esse tema, identificamos pelo menos 4 fatores e 3 mitos que, se não impedem totalmente, dificultam gravemente o aprendizado das técnicas de redação em Língua Portuguesa.

Para começar, o ensino da Língua Portuguesa no Brasil tem sido orientado, ao longo das últimas décadas, para os infinitos detalhes da correção gramatical. Os alunos são intensivamente treinados a identificar problemas e incorreções gramaticais, mas ninguém explica como aplicar a Gramática à produção de textos originais, comunicativos e agradáveis de ler!

Em segundo lugar, precisamos considerar que a fórmula da produção de um bom texto não se limita a um ingrediente único chamado “Gramática”. A experiência nos mostra que um texto pode ser simultaneamente, impecável do ponto de vista da Gramática e uma completa porcaria do ponto de vista de quem vai lê-lo. Para comprovar esse ponto de vista, é suficiente ler alguns dos livros didáticos sobre Gramática e Literatura que estão atualmente disponíveis nas livrarias: gramaticalmente corretos, mas ilegíveis pelo público a que supostamente se destinam.

Terceiro, os professores brasileiros não dispõem de métodos simples para ensinar as pessoas a redigir.  Na verdade, parece que essa palavrinha misteriosa – “método” – adquiriu entre nós brasileiros um sentido esotérico de “coisa complicada”, acessível apenas por mentes superiores.

Nada mais longe da verdade. Um “método” é, por definição, a decomposição de uma tarefa complicada em pequenos bocados, simples de absorver e fáceis de digerir.

Quarto, os brasileiros somos facilmente seduzidos pela grandiosidade. Queremos ser os “maiores do mundo” em tudo. Com essa mentalidade, tendemos a desdenhar a simplicidade, embarcando na armadilha da complicação inútil, da imposição de condições irrealizáveis e da formulação sucessiva de objetivos inatingíveis. Veja alguns exemplos:

  • O grandioso mito: É impossível aprender a escrever sem primeiro aprender latim (ou grego, ou sânscrito…).
  • A simples verdade: Ora, os conhecimentos de gramática da Língua Portuguesa contemporânea deveriam ser suficientes para ensinar você a escrever de forma inteligível e agradável em Língua Portuguesa contemporânea. Se você não está satisfeito com sua redação, a solução definitivamente não é tentar aprender um novo idioma, mas aprender a aplicar os conhecimentos de seu próprio idioma!
  • O grandioso mito: Só é possível aprender a escrever bem lendo todas as obras da literatura universal dos últimos 2500 anos.
  • A simples verdade: Sem dúvida, o hábito de ler bons textos de bons autores tem valor inestimável para quem deseja aprender a escrever. Mas, cá entre nós, mesmo que você se limite à leitura diária de sites de notícias, você deveria ser capaz de escrever textos simples, corretos e agradáveis de ler em Língua Portuguesa. Em miúdos: você deveria ser capaz de escrever textos pelo menos tão bons quanto os dos sites de notícias que você lê! Se não está conseguindo, a solução certamente não é obrigar-se a ler obras em um estilo que você não tem a menor probabilidade de reproduzir ou utilizar no curto prazo.
  • O grandioso mito: Quem quer aprender a escrever precisa estudar quatro (ou oito, ou doze) horas por dia.
  • A simples verdade: É claro que esse tipo de mito serve apenas para desestimular as pessoas que precisam trabalhar em horário integral e ainda cuidar de outros aspectos da vida pessoal. Além do mais, a maioria dos seres humanos não é capaz de suportar uma rotina que envolva a dedicação de tantas horas diárias a uma única atividade. Lembre-se de que até mesmo esportistas profissionais podem sofrer lesões severas caso exagerem na intensidade do treinamento!

Por outro lado, a experiência demonstra que um pequeno esforço realizado todos os dias produz resultados melhores e mais rapidamente do que grandes esforços concentrados. Se você quer adquirir uma habilidade, terá maior chance de ser bem sucedido se começar devagar com, digamos, 45 minutos de prática diária, do que se tentar absorver tudo de uma vez. O seu corpo e o seu cérebro têm o próprio tempo e evoluem melhor quando recebem o merecido descanso após um esforço razoável!

Nossa proposta ao projetar este Curso Online de Redação foi superar todos esses grandiosos mitos e desenvolver um método simples, para ensinar os jovens e adultos brasileiros a escrever melhor. Um método que fosse adaptado à realidade de pessoas que, muitas vezes, precisam trabalhar e enquanto cursam uma escola ou uma faculdade, dispondo de pouco tempo para efetivamente estudar. Um método que visasse ao resultado realista de produzir textos corretos e agradáveis de ler em Língua Portuguesa, sem a pretensão de formar o próximo ganhador do Prêmio Nobel de Literatura.

Com esse objetivo, recorremos ao melhor compêndio de ensino de redação em Língua Portuguesa, a obra “Comunicação em Prosa Moderna”, de Othon Moacyr Garcia (editora FGV) e, seguindo os passos do brilhante autor, tratamos de simplificar ainda mais as lições e os exercícios, sempre considerando meus próprios 25 anos de experiência como redator, revisor de textos, professor de redação e orientador de trabalhos acadêmicos de nível universitário.

O resultado foram 120 lições que resumem tudo o que, provavelmente, nenhum professor jamais ensinou a você em um curso de redação. Dedicando apenas 45 minutos por dia útil ao estudo das lições e resolução dos exercícios, você vai adquirir, em cerca de 6 meses, todas as habilidades necessárias para que a tarefa de redigir se torne tão simples e natural para você quanto respirar e andar.

O segredo? Bastou assumir o objetivo de ensinar apenas uma habilidade de cada vez. Uma habilidade por dia útil. Nada mais nem nada menos do que isso.

Se você quiser experimentar, basta visitar esta página e preencher o formulário enviando seu nome e e-mail e nós disponibilizaremos para você gratuitamente e sem compromisso a Lição 1. Estou certo de que você vai gostar e querer mais!

Grande abraço,

Prof. Alexei Oliveira

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